quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Reliquias do destino 2

Noutro dia veio me à cabeça outra pergunta que eu acho muito importante e que não devia ficar de fora deste blog bonito. Quando eu cumprimento uma rapariga e lhe dou um beijo na cara, como é que eu sei de que lado estou a dar? Eu posso da-lo pelo meu lado esquerdo mas estou a da-lo ao mesmo tempo na face direita da moça. Por favor meus irmãos respondam me bem a esta questão porque não consigo dormir sem pensar nisso e daqui a nada estou a cumprimentar todas as fêmeas com um beijo na boca para ter a certeza que dei no meio e depois fico com a cara negra.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Emergência Pré-Natal

Meus caros, está nas nossas mãos salvar o Natal.
Doutor X e Óscar, o temível, filiaram-se raptaram a Nossa Senhora, porque não querem que o Jesus Cristo nasça já esta semana, por uma questão de cotações da Bolsa - dá-lhes mais jeito que os saldos sejam só em Janeiro e, assim, pretendem adiar o Natal. Doutor X tem dois milhões de acções na Centroxogo e Óscar está apenas a ser parvo.
Contactámos o Pai Natal, mas pelos vistos ele não existe.

Temos que encontrar uma solução sozinhos.
Estamos por nossa conta.

Sapatinho, Vasco Canhão, vamos a isso, é a nossa vez de entrar em acção!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Gadji beri bimba

Malta, encontrei o poema mais fixe do mundo! Juro, isto é um poema fonético, do Hugo Ball. Viva a arte parva!

Gadji beri bimba

gadji beri bimba glandridi laula lonni cadori
gadjama gramma berida bimbala glandri galassassa
laulitalomini
gadji beri bin blassa glassala laula lonni cadorsu sassala bim
gadjama tuffm i zimzalla bin ban gligla wowolimai bin beri ban
o katalominai rhinozerossola hopsamen laulitalomini hoooo
gadjama rhinozerossola hopsamen
bluku terullala blaulala loooo
zimzim urullala zimzim urullala zimzim zanzibar zimzalla zam
elifantolim brussala bulomen brussala bulomen tromtata
velo da bang band affalo purzamai affalo purzamai lengado tor
gadjama bimbalo glandridi glassala zingtata pimpalo ögrögöööö

viola laxato viola zimbrabim viola uli paluji malooo
tuffm im zimbrabim negramai bumbalo negramai bumbalo tuffm i zim
gadjama bimbala oo beri gadjama gaga di gadjama affalo pinx
gaga di bumbalo bumbalo gadjamen
gaga di bling blong
gaga blung

Hugo Ball

Balda na assembleia

Na sexta feira houve uma votação na assembleia a propósito da avaliação dos professores.
Aconteceu que, dado que era sexta-feira, (e não só sexta-feira, era a sexta feira antes de um fim de semana grande), houve 30, repito 30 deputados do PSD que faltaram à votação; assinaram o "livro" e pisgaram-se.
Mas o que é isto?! Não só o PS ganhou nas calmas aquilo que queria, mas isso não faz diferença, faz diferença sim a incopetência desta atitude! Então é sexta-feira e faltam ao trabalho para ir de férias? Recebem de base (!) 3500 €, de base, e faltam ao trabalho desta maneira! Que escândalo!
Bestas! Gnus! As pessoas honestas aqui a trabalhar, e os shôres deputados baldam-se! Onde é que está a honestidade, meus amigos? O respeito? A Firmeza e responsabilidade? Assim o país não avança!
Está bem que uns desses que faltaram são honestos, como o Freitas do Amaral, que é um tipo sério, mas o que se passou e passa é um escândalo. Só neste país, Sérgio Godinho.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Discussao panificante

Expliquem me porque é que o pão integral é mais caro que o pão normal

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Relíquias do destino 1

Caríssimos,
Noutro dia estava eu numa das minhas reflexões e veio me à cabeça a história mais estúpida que podia vir que é a historia da branca de neve e os sete anões versão africana " A preta de carvão e os sete anões" e reparei logo que o titulo tinha uma mensagem que podia ser interpretada de uma forma mais racista.

Eis agora a minha reflexão: Porque é que se eu visse uma mulher muito branca e lhe dissesse que ela era "branca como a neve" seria um elogio e se eu visse uma preta e lhe dissesse que ela era preta como o carvão seria um insulto.
Deixo aqui esta questão estúpida como tudo para vocês pensarem e para me insultarem virtualmente se assim entenderem.

domingo, 30 de novembro de 2008

Eventualidade abstracta

Grande título, não sei se notastes; acho piada a estas expressões, que dão um ar entendido mas que não dizem nada.

Aquilo de que eu queria falar podia ter um outro letreiro:
Área de Projecto - aproveitamento vs desperdício.

Todos os escribas deste blogue sofrem desta disciplina, a chamada Área de Projecto.
O que vem a ser isto? Uma "disciplina" (que conta tanto como os 3 anos de Português com exame) criada para preparar os jovens estudantes do 12º ano para saberem, não só, trabalhar em grupo, como também apresentar ideias a um público.
Muito bem (ou muito mal). Mas muito bem, porque há uma considerável percentagem de jovens finalistas que nunca leu mais do que os 4 livros impostos pelos docentes, e não faz ideia de como se há de apresentar uma papelada a uma turba, não me enganei, turba. É de facto boa ideia esta "disciplina" existir por causa disso mesmo.
Fora isso, Área de Projecto serve também para promulgar assuntos a outras pessoas.
É claro e evidente que pode ser óptimo divulgar assuntos a outras pessoas: se o assunto valer a pena. Se o assunto for uma estopada sem ponta de interesse (que acontece frequentemente, mas depois o giro é fazer inquéritos e ter power points com fundos giros, e o camandro) não vale a pena. Se o assunto for, de facto relevante, e se chamar a atenção para problemas realmente interessantes, aí acho que vale a pena. O grande problema acontece quando o assunto pode alertar para problemas, de verdade, importantes, mas que depois são uma chatice de primeira apanha, tanto para quem ouve como para quem faz.
Um outro grande problema de Área de Projecto é aqueles grupos, que até podem ter um tema fixe (também podem não ter), esse tema até pode ser importante ( ou nem isso), mas que não fazem nada. Há uns que propõem coisas que já sabem à partida que não vão fazer, há outros que nem se predispõem a fazer nada, e ninguém fica a ganhar nada com um ano de trabalho (ou não) de 4 gajos.
"Um deficiente em Lisboa". É um tema importante, e actual, e que vale a pena apostar, e que promete, e... uma maçada atroz. É infelizmente o tema do grupo em que estou inserido.
Área de Projecto deveria servir sobretudo, penso, para aumentar a própria cultura, isto é, para enriquecer o meu próprio conhecimento; se faço um trabalho que me dura todo um ano, posso aprender e ganhar muita informação com ele, seja de que tema for. Depois de me interessar e enriquecer a mim mesmo, depois então posso expor isso aos outros. Acho que só assim tudo isto faz sentido. Peço-vos de digais o que achais disto.

sábado, 22 de novembro de 2008

A Arte Parva Institucionalizada

Doutos e ilustres senhores, vós que gostais de arte parva, aqui tendes - o Dadaísmo:

"Dadá é uma nova tendência da arte. Percebe-se que o é porque, sendo até agora desconhecido, amanhã toda a Zurique vai falar dele. Dadá vem do dicionário. É bestialmente simples. Em francês quer dizer "cavalo de pau" . Em alemão: "Não me chateies, faz favor, adeus, até à próxima!" Em romeno: "Certamente, claro, tem toda a razão, assim é. Sim, senhor, realmente. Já tratamos disso." E assim por diante.
Uma palavra internacional. Apenas uma palavra e uma palavra como movimento. É simplesmente bestial. Ao fazer dela uma tendência da arte, é claro que vamos arranjar complicações. Psicologia Dadá, literatura Dadá, burguesia Dadá e vós, excelentíssimo poeta, que sempre poetastes com palavras, mas nunca a palavra propriamente dita. Guerra mundial Dadá que nunca mais acaba, revolução Dadá que nunca mais começa. Dadá, vós, amigos e Também poetas, queridíssimos Evangelistas. Dadá Tzara, Dadá Huelsenbeck, Dadá m'Dadá, Dadá mhm'Dadá, Dadá Hue, Dadá Tza.Como conquistar a eterna bemaventurança? Dizendo Dadá. Como ser célebre? Dizendo Dadá. Com nobre gesto e maneiras finas. Até à loucura, até perder a consciência. Como desfazer-nos de tudo o que é enguia e dia-a-dia, de tudo o que é simpático e linfático, de tudo o que é moralizado, animalizado, enfeitado? Dizendo Dadá. Dadá é a alma-do-mundo, Dadá é o Coiso, Dadá é o melhor sabão-de-leite-de-lírio do mundo. Dadá Senhor Rubiner, Dadá Senhor Korrodi, Dadá Senhor Anastasius Lilienstein.
Quer dizer, em alemão: a hospitalidade da Suíça é incomparável, e em estética tudo depende da norma.
Leio versos que não pretendem menos que isto: dispensar a linguagem.
(...)
Quero a minha própria asneira, e vogais e consoantes também que lhe correspondam. Se uma vibração mede sete centímetros, quero palavras que meçam precisamente sete centímetros. As palavras do senhor Silva só medem dois centímetros e meio.
(...)
Surgem palavras, ombros de palavras; pernas, braços, mãos de palavras. Au, oi, u. Não devemos deixar surgir muitas palavras. Um verso é a oportunidade de dispensarmos palavras e linguagem. Essa maldita linguagem à qual se cola a porcaria como à mão do traficante que as moedas gastaram. A palavra, quero-a quando acaba e quando começa.Cada coisa tem a sua palavra; pois a palavra própria transformou-se em coisa. Porque é que a árvore não há-de chamar-se plupluch e pluplubach depois da chuva? E porque é que raio há-de chamar-se seja o que for? Havemos de pendurar a boca nisso? A palavra, a palavra, a dor precisamente aí, a palavra, meus senhores, é uma questão pública de suprema importância.

Zurique, 14 de Julho de 1916"


Manifesto dadaísta, por Hugo Ball


E aqui têm o ex-libris das obras dadaístas, pelo genial Marcel Duchamp, que explorou até ao limite a grande questão: o que é arte e o que não é arte?

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Arte Parva Sapatal

O conteúdo do poema que se segue é extremamente difícil de interpretar devido à graciosidade com que foi escrito, portanto meu amigo se não tiveres mais de 18 anos não o poderás, ler visto que, podes ficar gravemente traumatizado (aha, canhão e sininho, não podem ler).

Taciturno, Taciturno Luís
Combateu na guerra da macieira
encontrou um veado sem carteira
penteou o museu Vasco da Gama

Taciturno, Taciturno Luís
Festejou o pistacho cintilante
afogou-se na sopa de alcatrão
palitou o seu querido meio irmão.

PS: Será que isto é arte parva ou é algo que a ultrapassa por ser tão estúpida?

ARTE PARVA


Que acepipe tão bom!
Uma bela pizza e...
Mustarda?! Antes pão com
Chórice. Queria um quando sair

sábado, 15 de novembro de 2008

Os erros tristes da minha professora de História

Meus caros, o sentimento é recíproco, o grosso dos professores são uma cambada de bestas.
Vou-vos colocar aqui algumas das bacoradas (do substantivo bácoro - porco pequeno ou leitão) da minha queridíssima e excelentíssima professora de História, que aliás, são tantas que as últimas duas folhas do meu caderno diário já estão cheias. Cá vão elas:

"O Parténon é magnânimo" (expliquem-me como é possível que um monumento seja generoso, ou seja, magnânimo)

"Era uma democracia um bocado excessiva, a virar para a extrema direita" (falando de Hitler, Nacional-Socialismo alemão)

"O Cesário Verde é duma doçura, um poeta muito bucólico" (de notar que Cesário Verde é o poeta do frenesim da cidade e da angústia, do "desejo absurdo de sofrer" e, ao falar do seu amado campo, nunca menciona pastores ou qualquer outra "bucoliquice")

"O abstraccionismo geométrico de Mondrian é do foro da sensibilidade e da interioridade do artista" (pois Mondrian pretendia, precisamente, atingir a objectividade máxima e essencial, precisamente destruindo toda e qualquer sensibilidade e interioridade do artista como sujeito)

tantas outras... não tenho aqui o caderno, mas hei-de acrescentar...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Um erro triste que me apareceu nas mãos.

Rapazes, tenho algo bastante cómico e ao mesmo tempo assustador para revelar ao mundo. A minha professora de português pediu-me para fazer uma composição como tpc e claro que como eu sou um rapaz responsável, fi-la (ou fisia se acharem mais bonito). Há uma semana atrás é que esta história acabou e muito bem. Como acabou? Perguntam vocês(ou não). Acontece que a minha esplêndida composição voltou das mãos da professora tal e qual como foi, ou seja, sem nenhum erro ou coisa do género mas com o pormenor de lá em cima para além da assinatura da besta, estar o sinal +-( suficiente) e cá em baixo apenas uma frasezinha a dizer: Devia de apresentar... Eu ainda aceito que a nota possa ser baixa porque a composição pode ser perfeita mas o conteúdo ser uma porcaria com M grande, como o padre Miguel diz, agora o erro que a professora de PORTUGUÊS faz é que já não aceito apesar de me rir sempre que olho para aquilo.

PS: Outra coisa mesmo cómica é a avaliação que ela dá. Porque é que ela põe um +- para depois nos dizer que é suficiente? Ai este mundo...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Doutor X surpreende Óscar, o temível! - a saga, mais uma vez, continua, porque, poças, tem que ser, não é?

Óscar perdera o medo...
Depois de duas horas escondido no armário dos esfregões Bravo, deixando passar a fúria de X, Honório X, à sua procura, loucamente, perdera o medo. Loucamente, aliás, era o modo como a sensação de farfalheira, nos pêlos do peito, lhe rugia ao ouvido, "sai, coça-te", depois de tanto tempo ali fechado.
Saiu para se coçar, colocou 32 esfregões Bravo em cada bolso e mandou-se, tal touro indomável, em direcção da cozinha.
Já lá o espera Honório Jacinta X, com as suas panelas revestidas a teflon.
Os esfregões tinham um poder qualquer sobre o Doutor X... Óscar, aliás, já pensara muitas vezes que tinham algo que ver com o condimento secreto e aquele livro sibilino, obscuro, de receitas da família Jacinta.

A batalha estava prestes a começar...

domingo, 2 de novembro de 2008

Femismo - existem mesmo

Todos conhecemos e ouvimos vulgarmente falar em "machismo".

Machismo - qualidades, atitudes ou modos do macho; superdomínio do homem; subalternização da mulher
. Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 7ª Edição

Geralmente ouve-se falar em machismo. Por outro lado, ninguém ouve falar em "femismo"; até porque não é uma palavra que conste no dicionário. Fora isso, todos sabemos que, ao longo da história, o homem foi considerado superior à mulher, por várias razões. Só no século XX as mulheres foram consideradas iguais ao homem em tudo ( Artigo 1º da Declaração dos Direitos Humanos, ONU). Mas antes de ter havido esta igualdade, várias mulheres se uniam em grupos, e criaram um novo movimento, o feminismo ( repare-se, e isto é importante, que a palavra "machismo" vem de macho, ao passo que a palavra "feminismo" vem de feminino).

Feminismo - sistema dos que preconizam a igualdade dos direitos da mulher e do homem. Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 7ª Edição


Vemos pois que o feminismo é o resultado de um machismo: as mulheres querem ser iguais aos homens. O que eu quero ver aqui discutido é até que ponto é que as fêmeas não se consideram superiores em relação aos homens, também por oposição ao machismo;
penso que isto do femismo surge como um exagero do feminismo: as mulheres querem-se equiparar aos homens, e acabam por se tentar sobrepor.
Parece que todas as fêmeas se opoem ao machismo, mas há umas que vão mais longe, e portam-se como o homem machista. Desprezam-o homem vulgar, consideram-no inferior e têm vontade de lhe cuspir em cima. Hão de reparar que há fêmeas assim
Muito satisfeito fiquei ao ver que, tendo eu sozinho desenvolvido esta teoria, há muita gente, ou pelo menos alguma, que concorde comigo. Vejam por exemplo aquis:
http://www.grupos.com.br/blog/a-vez-das-mulheres/permalink/14863.html
http://inovaglttb.blogspot.com/2007/03/femismo-no-feminismo.html



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Os Cachimbos e os Grifos (mais arte parva)

ele é cachimbo
chimbo dágua
da santinha digonrância
é pá droga
diz cornudo

e o manino chimbo dóc’los
e o senhor cachimbo chifres
é cachimbo sem vapor

dá-lhe ali a farfalheira

hip lá ué
ele é cachimbo
chimbo dágua
venha o corno
e a estupidez

palmadona
zás trás pás
mão lá dentro
sai bèbé
cachimbando
dos palmares

ruas perpendiculares
já fumegam líbèr-tangos
mangos mangas e mindinhos
e olheiras farfalheiras
lavadeira das orelhas

ai cornudo
lòkòmó
ai cornudo
còmbòió
cachimbando
pouca terra
cachimbando
pouca terra
chimbo limbo
chibòvelha

sai o gémio
mãos lá dentro
cachimbando
dos palmares

é cachimbo
chimbo dágua
cachimbornitologia
é cachimbo
chimvapor
prá mimi pàvó maria

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Doutor X surpreende Óscar, o temível! - a saga continua

Capitulo 3

Doutor X baptizado como Honório Jacinta andava empenhado a escrever o seu livro de culinária " O condimento X " . Não era um livro qualquer, tratava-se de um livro que pertencia à sua família há mais de mil anos, escrito inicialmente pelo seu antepassado Juvenaldo Jacinta. Desde então que todos os herdeiros teriam de completar a receita. Pouco se sabia acerca de Juvenaldo assim como toda a família Jacinta mas a verdade é que por muito estranho que fosse, todos os descendentes que haviam sido chefes tinham todos a mesma cicatriz vermelha no rosto. Poucas pessoas se atreviam a falar daquela estranha marca pois pensavam que era um castigo dos deuses e tinham medo. Mas essa não era a verdade, aquela marca aparecia a todos os herdeiros do livro no momento em que o abriam pela primeira vez.

Óscar era o único que se atrevia a aproximar de Doutor X mas sabia que se cometesse um só erro estaria em apuros e agora sem saber ao certo o que tinha feito estava ali ao canto da cozinha com os olhos enormes e vermelhos de doutor X fixos nos seus. Mas qual é a importância de um ovo a mais na panela? Pensava ele enquanto se preparava para desaparecer instantaneamente.

Escrito por ervilha condiscípula

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Doutor X surpreende Óscar, o temível! - a saga continua

Capítulo 2

Demónio!, é a expressão que se ouve por todo um raio de 500 metros. A possante voz de Doutor X abala qualquer um que o temesse, que seriam todos, à excepção de Óscar, o temível, que apagando sua piquena couve, pois couve não deixa de o ser, se aproxima da cozinha e da origem da barulheira.
Doutor X é homem de poucos amigos. Ao que parece, não estava satisfeito:
O meu ovo!!!, sibila; todas as falas do nosso personagem são sussurradas, menos aquelas em que está de facto exaltado: Tu!, brada o Doutor, apontando, como um dardo, o seu dedo esguio e enrugado para Óscar, que acaba de entrar. Então Honório! Cala-te, imbecil!, não pronuncies esse meu nome! Foste deixar cair um ovo precioso para esta refeição!, quando cá vieste surripiar o pé de salsa!
A voz de doutor X ia ficando aguda e grave, como um velho celerado, nunca perdendo a rouquidão.
Doutor X nutria antipatia nua e crua por quem quer que fosse; sobretudo para os mais ousados. Mas porquê? Era um simples ovo!... Era só a ordem e método de ter sempre tudo arrumado e limpo, ou era algo mais? DE onde provinha este temperamento de Doutor X?

Escrito por Vaz Palha

Afinal a quem é que rezo?

Foi feito um estudo recente à população portuguesa para ver a quem é que as pessoas rezavam quando precisavam de ajuda. O resultado foi deveras interessante. Em primeiro lugar estava Nossa Senhora de Fátima o que eu ainda aceito porque se trata também de um dado histórico. Mas o meu grande espanto foi que Jesus Cristo não estava no top. Em vez dele estavam todas as Nossas Senhoras e todos os santos. Isto é que já não me entra na cabeça. Afinal quem é que fundou a igreja? Quem é que morreu por nós? Será que Portugal não sabe quem é Jesus? Hoje em dia as pessoas dão nomes a Nossa Senhora por tudo e por nada(Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Nossa Senhora da Boa Viagem, Nossa Senhora D'Ajuda Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Defesa,........................). Então também arranjei uma nossa senhora bem mais fixe. O que me dizem de "Nossa Senhora do Estaladão"? Só espero é que esta não me apareça nenhuma vez, ainda estou a recuperar de um acidente de mota e não tenho vontade nenhuma de levar um tabefe.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Doutor X surpreende Óscar, o temível - o início da saga

Capítulo 1 (quem quiser, continue)

Tudo começou num parque aquático. Óscar, o delegado dos esfregões Bravo, na cozinha duma concessão turística a um catering francês, cumpria a sua função habitual. Nada podia prever o que ía acontecer nessa tarde alegre e luzidia como as couves que se fumam em Mirandela.

No seu intervalo de cinco minutos, lá roubou um pé de salsa ao cozinheiro, que, além de ter problemas com os excessos de líquidos na sovaqueira, causava terror a todos, pela grande cicatriz, em forma de xis, no seu semblante. Aliás, era por isso que Óscar já era conhecido, pelos colegas, como Óscar, o Temível. Era o único que se atrevia a aproximar de Doutor X e das suas panelas industriais Ideiacasa, revestidas a teflon.

Desta vez, já aceso o seu "salsarro", fumando fora da cozinha, que Óscar era homem de respeito e de lei, ouviu-se, subitamente, como quando se precipita uma tenda mal montada, um estridor gutural das profundezas da cozinha.

O que seria?...

Escrito por Caveira3

domingo, 26 de outubro de 2008

ARTE PARVA 1

Caíram-me os dois braços
de tanto carregar.
Senti-me tão esfalfado,
de podre e cansado,
que fui morrer no mar.

No mar vi eu sereias,
p´lo menos julguei ver.
"Trabalha, ó velhote!",
levei com o chicote,
e acabei por falecer.

Escrito por Escravo Elias